sexta-feira, 27 de julho de 2012

Santa Maria do Boiaçú - Saída de Boa Vista



Estávamos preparados para sair de Boa Vista às 9h da manhã do dia 20, sexta-feira. O tempo não estava bom, pois estava chovendo muito aqui e lá, então tivemos que esperar que melhorasse e só embarcamos com sol a pino às 15h.
A vista do Aeroporto Internacional de Boa Vista do lado da pista, de dentro do avião de Asas.
Durante a viagem, como o avião voa mais baixo que aqueles grandões das companhias aéreas, deu para ver bastante coisa. Como a floresta é enooooorrrmmmeee e como tem tantos rios! Às vezes esqueço que vivo em um lugar que chama a atenção do mundo todo. Também pudera, olha isso:





Chegamos em Santa Maria exatamente 1h50min após a decolagem. O piloto, Denis, de Asas de Socorro, já tinha voado para lá há alguns tempo, mas não tinha ido recentemente. Ele tinha ouvido falar que havia uma pista nova, porém, quando chegamos, ela ainda estava em construção. Pousamos na antiga, mesmo, que, segundo ele, para os padrões da região, está ótima. Ele só não gostou porque, devido à chuva, em uma das extremidades da pista havia lama e sujou o avião...


Essa foto com esses caracteres tá "trash", né? rs. Mas vale a intenção...rs
O momento do pouso.


A pista
Fomos recepcionados pelos irmãos da igreja e por alguns moradores curiosos, que queriam saber quem chegava a Santa Maria. O irmão Lourival, que tem uma das poucas motos que circulam por Santa Maria, nos recepcionou, levando nossa bagagem até a casa do pastor Manoel. O pastor é titular da Congregação Batista Monte Horebe, filha da Igreja Batista Central de Boa Vista.

O irmão Lourival e sua moto
Fomos andando da pista para a casa do pastor Manoel. Foram mais ou menos 500 metros de caminhada. 
As ruas de Santa Maria do Boiaçú são cimentadas, não asfaltadas. Lá não circulam carros: só motos e bicicletas.
Na casa pastoral, pude tirar o tênis enlameado, colocar uma sandália rasteira e ir na casa dos irmãos que tinham telefone fixo para tentar ligar a cobrar para o meu esposo. Em vão. Como tinha chovido muito de manhã, os telefones não estavam nos seus melhores dias e fui obrigada a ligar para o único convencional que aceitava a cobrar, o do meu trabalho. Falei com a minha mãe e pedi que ela ligasse pro meu esposo. Eu queria tanto falar com ele. Ele estava tão preocupado comigo! Mas ainda não tinha sido dessa vez. A irmã Vera, esposa do pastor, disse que os telefones públicos eram ainda piores, então desisti mesmo de falar com ele. Voltamos para a casa pastoral, lanchamos e tomamos banho. A casa estava sem água, então teve que ser banho de balde, mesmo.
A casa pastoral
Naquela noite, começou a conferência da congregação, em que o pastor Silva pregou. 
A fachada da congregação
Terminou cedo e voltamos para dormir. Fiquei assustada porque as ruas estavam completamente escuras na volta. Eu perguntei por que ninguém colocava lâmpadas, e me responderam que até colocavam, mas alguns adolescentes quebravam, afinal, eles gostavam mesmo era do escurinho, pode?
Eu e a Késia dormimos em um colchão no chão do quarto. No mesmo cômodo dormiram a irmã Vera e o casal de filhos do pastor: Rayane e Magno, que dias antes tinha completado 11 anos. Um fofo, ele.
Mas eu ainda estava pensando no meu esposo, com quem eu não tinha conseguido falar. E fui dormir com uma pontinha de saudade dele, pensando que no outro dia eu tinha bastante trabalho...

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